terça-feira, 29 de setembro de 2009

TALENTOS DO BRASIL PELO MUNDO

MAURÍCIO CARNEIRO


O mundo de Hogwarts conta com um toque de mágica... brasileira. Maurício Carneiro nasceu em Copacabana e há nove anos mora em Londres, onde comanda as ilustrações das roupas de Harry Potter e sua trupe. Em 2004, durante o quarto filme da série, Harry Potter e o cálice de fogo, nosso amigo se uniu à equipe de bruxinhos. Hoje, ele tem a tarefa de garantir que cada filme da série tenha uma característica própria com identidade única. “No primeiro filme do qual participei, há uma cena de incêndio em um acampamento, que fica completamente destruído. Tivemos de fazer mais de 10 versões de cada peça em estágios diferentes. As roupas foram divididas em números de 1 a 10. Enquanto a primeira estava totalmente limpa, a última, completamente destruída”, conta o costume designer. “Os filmes evoluem constantemente e nada é mais difícil do que fazer sequências, porque além de ter o compromisso de manter um estilo, ainda temos de inovar”, acrescenta.
Mais de 1 mil pessoas estão envolvidas em toda essa mise-en-scène, desde os responsáveis pelos efeitos especiais aos construtores de cenário. Cinquenta delas cuidam da fantástica direção de arte. Os trajes precisam passar por mais de 25 desenhos antes de serem aprovados. O processo criativo, que dura mais de dois meses, começa na cabeça da designer Jany Pemime, que decide o conceito do figurino. Ela faz um esboço e passa para Maurício. A partir daí, ele elabora as peças, que ainda precisam da aprovação dos produtores, diretores e atores. Um só desenho pode ir e voltar às mãos do designer até o dia da cena. “Roupas de bruxos têm de aparentar mais de 100 anos, então, tudo é fotografado, bem cuidado, elaborado. Só o Harry Potter tem pelo menos 20 figurinos iguais,” explica. Depois de aprovada, a roupa é confeccionada pelos costureiros, bordadeiras, passa por testes de câmera, de luz, etc.

sábado, 26 de setembro de 2009


Conheça a designer brasileira de bolsas que faz sucesso na Austrália
Michelle Achkar

A presença brasileira já é reconhecida nas semanas de moda de Nova York, onde desfilam as marcas Rosá Chá, Carlos Miele e Alexandre Herchcovitch, e na de Londres, com as grifes Issa e Clements Ribeiro. Agora, começa a ganhar espaço também na Austrália.

Na última edição do Mercedes-Benz Fashion Festival, charmosas bolsas de couro com forro de bolas coloridas desfilaram nas passarelas e foram um dos destaques do evento.

As peças são criação da brasileira Silvia Tavares, brasileira radicada há oito anos naquele país e que está tornando a Kinin a marca queridinha das consumidoras e das mais importantes publicações de moda locais.

A marca existe desde 2006, mas cresceu, começou a lançar coleções o ano passado e já está em sua terceira linha, batizada de Botanical Luxe, inspirada no universo das borboletas.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

D & G - Milão - Primavera Verão 2010/2011.

A coleção da D&G é uma homenagem à Riviera Francesa, na região de Nice, Saint Tropez e Cap d’Antibes. Na passarela, a euforia dos temas náuticos e marinhos, com elementos que se proliferam por toda parte, como ancoras, nós de marinheiro, bandeiras, além de outras guarnições.


Os looks de verão da grife são sofisticados. Os vestidos aparecem em versões curtinhas e bem longas, muitas peças de alfaiataria, como blazeres e calças, que aparecem mais largas e fluidas, além de shorts e peças que tem referência nos maiôs dos anos 30. Peças como shorts, saias e calças são fechadas com botões que se encontram dos lados na parte da frente. Por se tratar da terra de Coco Chanel
, as influências surgiram em terninhos bouclé usados com shorts, um longo e listrado cardigan por cima do traje de praia e um enorme chapéu.

É possível observar a abundância de listras, tanto na horizontal, quanto na vertical. Grandes flores e laços adornam pescoços lapelas e cintura, que aparece alta e marcada. As cores básicas da coleção são o branco, vermelho e azul marinho, típicas do tema náutico. O denim
foi visto em algumas peças, na sua versão sem lavagens e o tricô também esteve presente.

Grandes bolsas de mão e os sapatos com plataformas complementaram os looks, bem como os colares com bolas coloridas de vários tamanhos, cintos de diversas espessuras, laços enormes e flores.

Em uma segunda parte do desfile, os trajes surgiram com detalhes dourados, dando todo um toque de suntuoso à coleção, aliados a tecidos como o chiffon
de seda e organzas decoradas. A coleção do verão 2009 da D&G esbanjou luxo e sofisticação, inspirada nos verões das mais elegantes praias francesas.

AFF!!!!............ ELA OLHOU PRA MIM!

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Author: Iesa Rodrigues
Comment:
Oi, Andréa! Tudo bem? Parabéns peIa escoIha do curso, modeIagem é a coIuna vertebraI da moda. Mas vi que há também um gostinho peIo jornaIismo...(dei uma oIhada no teu bIog, cIaro)
Isto é ótimo, pq você vai poder dar conta da comunicação da sua marca.
Obrigada por ter ido e ter gostado da paIestra. Beijos / iesa

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O que são os têxteis?

O termo têxtil engloba uma vasta gama de produtos feitos a partir de fibras naturais propriamente ditas, com uma polegada, ou polegada e meia, ou filamentos contínuos. Os têxteis são utilizados numa vasta gama de aplicações, incluido artigos cirúrgicos e geotêxteis, mas, no âmbito deste curso, eles são empregues na produção alargada de tecidos e peças de vestuário para a indústria da moda e confecção, particularmente para o mercado de roupa de desporto activa.

As propriedades dos tecidos têxteis são determinados por vários factores, tais como:

  • Tipo de fibra
  • Finura da fibra
  • Formato da fibra
  • Tipo de fio
  • Titulação (finura) do fio
  • Método de construção do tecido
  • Natureza do acabamento ao qual o tecido é sujeito.

Os têxteis devem ser funcionais e preencher os requisitos da sua utilização final. O ideal é eles terem o equilíbrio correcto das propriedades para a utilização em vista, embora, na prática, se consiga um compromisso adequado que esteja de acordo com o seu emprego.

ACABAMENTO

Introdução

O acabamento designa as operações e processos que convertem o tecido proveniente do tear ou da máquina de fazer malha num tecido atraente e prático. Isto consegue-se através da limpeza do material, melhorando o toque e a aparência, desenvolvendo a estabilidade dimensional e adicionando outros acabamentos que aumentem a comodidade ou praticidade como, por exemplo, a impermeabilidade e a resistência ao fogo. Os processos podem dividir-se em físicos como cardadura, tosadura, caladragem e fixação, e químicos como resistência ao encolhimento, aos vincos, etc. São necessárias diferentes rotinas nos vários tecidos, por forma a produzir as características desejadas ao tecido ou à peça de vestuário.

Stenter utilizado, para fixar por calor tecidos termoplásticos

Acabamento físico

Os acabamentos de cariz físico incluem uma vasta gama de processos para estabilizar e melhorar. Em alguns casos, alteram totalmente as propriedades dos têxteis. A natureza do processo que confere estabilidade dimensional aos tecidos é determinada pelo tipo de fibra e estrutura do tecido. A termo-fixação com STENTER é utilizada para estabilizar materiais termoplásticos. A calandragem ou passagem-a-ferro é utilizada para alisar e, por vezes, acetinar os tecidos. Os acabamentos químicos são aplicados antes do tratamento físico para resultados mais duradouros. No caso de vestuário para desporto e tempos livres, tecidos espessos e com pelo são de particular interesse

Tecidos lanosos ( moletão )

Os efeitos de superfície dos tecidos lanosos, de pelúcia ou pelo, são desenvolvidos por processos de acabamento físico. Nos tecidos lanosos, as fibras do fio lanoso entrelaçam-se e confundem-se com os fios da base sobre o lado do efeito, apesar de terem sido introduzidas separadamente durante a tricotagem. O efeito pode ser desenvolvido em ambas as faces do tecido ( como abaixo ) Nos tecidos com pelo e de pelúcia, o pelo e a pelúcia distinguem-se claramente da base.

Fibras sintéticas

Estas fibras são sintetizadas a partir de compostos simples chamados monómeros,

que são obtidos do petróleo ou do carvão, ou em alguns casos, a partir de matérias naturais. Os polímeros resultantes são agrupados de acordo com o tipo químico, e existem muitas fibras comerciais em cada grupo. Os poliésteres convencionais, poliamidas e poliolefinos têm pontos de fusão razoavelmente baixos, e podem ser fiados por fusão. Os acrílicos desintegram-se ao fundirem, e há que usar uma forma de fiação com uma solução.



Cardura ( ou levantamento )
Corte ( ou laminagem )
Este processo consiste no levantamento a partir do corpo do tecido duma camada de fibras que se salientam da superfície, usando fio de cardar. Podem aplicar-se lubrificantes no tecido para facilitar a separação das fibrasApós o levantamento, o pelo é escovado e cortado, utilizando lâminas rotativas helicoidais que actuam contra uma orla recta. A lanura ou moletão cortado pode ser tratado com acabamento hidrófobo, por exemplo, fluocarbono para melhorar a impermeabilidade, além de excelentes propriedades de isolamento do tecido.
Máquina de cardar ou levantar de acção dupla
.
Máquina de cortar

O acabamento químico dos têxteis constitui um domínio vasto, envolvendo a aplicação de centenas de químicos para desenvolver propriedades particulares para melhorar o desempenho dos tecidos, e adaptar as suas propriedades às utilizações finais específicas. Os químicos envolvidos podem aderir à superfície do têxtil ou podem ser absorvidos pela estrutura da fibra. Por vezes, os químicos podem ser incorporados durante a extrusão da fibra, quer para conferir um efeito mais permanente, quer para debelar problemas ligados à absorção e adsorsão durante o acabamento. Há, presentemente, interesse considerável na microencapsulação. Alguns acabamentos químicos são aplicados para uma protecção do utilizador. Acabamentos impermeáveis, muitas vezes baseados em fluocarbonos para roupa de desporto, aumentam a tensão interfacial para reduzir o encharcamento e a penetração de água. Os acabamentos ignífugos inibem a ignição, a propagação das chamas, a produção de calor ou outras propriedades, tais como a tendência à incandescência após o ateamento.

Os acabamentos antibacterianos influenciam o crescimento e propagação de microorganismos para impedimento de cheiros, infecções ou danificação das fibras por meio de bolores e fungos. Substâncias próximas destas protegem contra as picadas de insectos. A protecção contra os raios ultravioleta constitui uma área de interesse crescente devido ás preocupações com a incidência do cancro da pele. Outros procedimentos químicos de acabamento podem ajudar a manter a aparência e as propriedades dos tecidos. Desse modo, as resinas podem ser utilizadas para conferir uma estabilidade dimensional a um tecido ou marcar bem pregas e vincos. Os acabamentos com fluocarbonos são utilizados para uma maior resistência à sujidade e às nódoas, além de impermeabilidade. Outros acabamentos permitem também, dar ao tecido a capacidade de rejeitar a sujidade.

Tecidos revestidos e laminados

Estes tecidos consistem num substracto têxtil, que pode ser tecido, tricotado ou não-tecido, combinado com uma película de polímero fina e flexível. Os substractos para tecidos de elevado desempenho tendem a basear-se em Nylon / Poliamida 6, Nylon/Poliamida 6.6 e Poliester, porque conferem grande solidez, elevada estabilidade dimensional e resistência aos ataques químicos e microbiológicos. Os tecidos multifilamento lisos conferem uma superfície fina isenta de pelo, e, se o tecido for utilizado como camada exterior, previne a abrasão do revestimento e a penetração de líquidos e sujidade. Os acabamentos com silicone ou fluocarbono aumentam estes efeitos. A texturização do fio filamentoso aumenta a adesão, melhora o toque e reduz o ruído e a claridade.

Revestimento
Pelicula de polimer

Um tecido revestido consiste num substracto têxtil sobre o qual se aplica o polímero directamente como um líquido viscoso. A espessura da película é controlada por um escalpelo ou bisturi. Notar que o revestimento penetra no tecido

Um tecido laminado ou estratificado consiste num substracto têxtil que se combina com uma película de polímero pré-preparada ou uma membrana por adesão, calor ou pressão. Notar que a película de polímero não penetra no tecido.

O tecido aumenta a resistência à tracção e aos rasgões e perfurações, e dando-lhe um toque ou manuseamento melhor.

Coloração

Por vezes, a coloração é considerada como processo de acabamento. Algumas fibras artificiais são tingidas durante a produção, especialmente aquelas que são difíceis de tingir por meios convencionais. O tingimento ou coloração geral pode ser executado em qualquer passo do processo. O facto do têxtil ser tingido como fibra, fio, tecido ou peça de vestuário depende de vários factores, mas normalmente sai mais económico deixar o tingimento para as fases mais tardias do processamento. Contudo, quanto mais para o fim for a fase, tanto mais crítico é o resultado, uma vez que há menos oportunidades para corrigir os erros.

Existe uma grande variedade de corantes com diferentes gamas de cor e de solidez ou resistência. A escolha do corante será determinada por uma combinação de factores de ordem técnica, estética e económica. A solidez da cor é particularmente importante porque esta terá de resistir às condições de utilização e aos tratamentos necessários a conservar o têxtil. Tanto o esmaecimento da cor como o manchar dos tecidos adjacentes são importantes. Utilizam-se testes padrão para verificar a resistência ou solidez do tinto. Em termos de cuidados posteriores a resistência à lavagem, branqueamento, limpeza-a-seco ou passagem a ferro deve ser adequada, em termos do desempenho do tecido, à resistência à luz, aos esfregamento, à água ( contendo possivelmente sal ou cloro ) ou à transpiração mais importante.

A aplicação localizada da cor pode ser conseguida através de várias técnicas, incluindo BATIK, TIE-DYE ( ATAR E TINGIR ) e outros processos, mas a estampagem ou impressão é o método mais importante. Presentemente, as técnicas comerciais mais importantes baseiam-se no emprego de placas ou telas perfuradas. A impressão em tela rotativa é amplamente utilizada por ser económica e contínua; a impressão em tela plana ou em serigrafia é útil para pequenas séries. A impressão por rolo está a perder terreno por ser cara e exigir grandes séries para ser rentabilizada, embora permita um trabalho muito delicado. Essencialmente, a impressão envolve a deposição localizada de uma tinta ou pigmento, em forma de pasta, sendo depois a cor fixada por vapor ou cozedura. Posteriormente a cor e outros reagentes em excesso são enxaguados.

No caso de impressão por decalcomania, a cor/desenho é impressa no papel e depois passada para o tecido. Utilizam-se tintas especiais dispersas que se podem directamente vaporizar a partir do estado sólido sobre os tecidos adequados, ou seja, tecidos fabricados a partir de fibras químicas hidrófobas, como os Poliésteres e os Nylons/Poliamidas.

É possível imprimir a cor num tecido sob a forma dum pigmento insolúvel e inerte num aglutinante. A impressão obtida é cozida e forma um motivo em pigmento numa película de polímero nítida. Não é necessário enxaguar. Obtém-se um resultado mais similar a uma pintura do que a um tingimento. Pode, igualmente, aplicar-se um floco ou borra num motivo estampado para produzir " impressões ou estampagens flocadas ". Existem materiais de impressão especiais que incorporam contas de vidro retro-reflectoras num aglutinante. Após a cozedura, o motivo fica com as mesmas propriedades retro-reflectoras do vestuário de alta visibilidade.

Material retro-reflector, esferas de vidro microscópicas que reenviam a luz à fonte respectiva.

Fonte:http://www.cladonia.co.uk

FIBRAS

Introdução às fibras

As fibras são as unidades fundamentais de uma montagem ou conjunto têxtil, tal como os tijolos de uma parede. Elas são normalmente muito finas e extremamente longas em relação ao seu diâmetro.

Classificação de fibras para roupa de desporto
A classificação de fibras baseia-se normalmente na origem e natureza química. Uma subclassificação inicial conveniente envolve a divisão de fibras em naturais e produzidas pelo homem (artificiais). Embora o termo de fibras feitas pelo homem seja criticado por razões óbvias, não se encontrou alternativa aceitável.

Natural
  • Animal (proteína) — Ceratina (lã) e fibroína (seda)
  • Vegetal (celulose) — semente (algodão)
Feitas pelo homem (artificial)
Regenerada
Sintética
Celulose — celulose genuína (viscose, modal, lyocel). Borracha.
Mineral — meta e carbono
Poliamida - Poliamida/Nylon 6, Poliamida/Nylon 6.6, Aramids.
Poliester. Acrilico — Poliolefinos Normais e Modacrílicos — Elastands de politeno e polipropileno — prolivretanos, poliésteres (PBT,PTT), Polivinilos — Cloretode polivinilo e copolímeros.

Fibras naturais

Algodão


O algodão cresce em muitas partes do globo com uma longa estação sem geada. requer tempo quente e humidade suficiente, para que possa crescer como deve ser. há muita variedade que produz fibras de diferente qualidade, variando na cor, finura e tamanho

As lãs são basicamente fibras do pelo de carneiro ou ovelha. Cada fibra desenvolve-se a partir de um folículo na pele do animal. Animais diferentes possuem propriedades, características provenientes de diferenças no diâmetro da fibra, finura, comprimento,cor, Encrespamento e outras diferenças físicas.





Estrutura longitudinal das fibras de algodão.

Estrutura longitudinal das fibras da lã.


Seda

A seda é produzida pelas lagartas de

certos tipos de traça, bichos da seda.

Estrutura longitudinal das fibras da seda.

Celulose regenerada

A viscose é produzida a partir de polpa de madeira purificada. Devido às exigências dos processos utilizados para dissolver a celulose, as fibras tendem a enfraquecer, especialmente quando molhadas, e têm uma má recuperação da elasticidade. Alterações nos pré-tratamentos químicos e o processo de extrusão resultaram no desenvolvimento de viscose de elevada aderência, as chamadas fibras modal compropriedades mecânicas melhoradas,e, mais recentemente fibras Lyocell, as quais se diz serem do género do algodão e ecológicas. Outras modificações fazem com que não encrespem nem ardam com facilidade.

Fiação em elemento húmido (viscose)

Fibras sintéticas

Estas fibras são sintetizadas a partir de compostos simples chamados monómeros, que são obtidos do petróleo ou do carvão, ou em alguns casos, a partir de matérias naturais. Os polímeros resultantes são agrupados de acordo com o tipo químico, e existem muitas fibras comerciais em cada grupo. Os poliésteres convencionais, poliamidas e poliolefinos têm pontos de fusão razoavelmente baixos, e podem ser fiados por fusão. Os acrílicos desintegram-se ao fundirem, e há que usar uma forma de fiação com uma solução.

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Forma da fibra devido ao efeito de extrusão







Thermastat Tactel® HT

Embora o processo de extrusão tenha uma influência significativa na morfologia das fibras, podem produzir-se muitas variações interessantes, alterando-se o formato dos orificios da fiadeira, tais como filamentos ôcos, filamentos de 4 ranhuras e uma gama de outras formas de lóbulos múltiplos. Desenvolvimentos relativamente recentes, incluíram a produção de microfibras ultrafinas cujos diâmetros dos filamentos são na ordem dos 10 micrometros (10µms).

Modificação das fibras

Pode produzir-se uma vasta gama de fibras sintéticas de formas, diâmetros, propriedades mecânicas e químicas, alterando os métodos de produção. As fibras sintéticas possuem grande postencial para evolução. As propriedades das fibras podem ser desenvolvidas através de alterações do processo básico de extrusão das fibras feitas pelo homem, incluindo a incorporação de produtos micro-encapsulados e técnicas de acabamento.

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Até certo ponto, as condições em que se faz a extrusão, influênciam a natureza das modificações.

Assim, um aditivo pode não resistir à temperatura ou ao solvente usado no processo.

Os polímeros sintéticos podem ser produzidos em microfibras muito finas, aumentando assim a sua elasticidade, absorção e impermeabilidade à água, e permeabilidade ao vapor.

Podem ser tornados mais hidrófilos através da incorporação de co-polímeros que "atraem a água".

As suas propriedades de toque e de reflexibilidade podem ser alteradas, modificando-se a sua forma transversal, criando filamentos trilobais, pentalobais ou octolobais.

A absorção pode ser melhorada pela utilização de filamentos de microfibra ou filamentos de 4 ranhuras coma adição, se possível, de acabamentos de superficie hidrófilos.

Desenvolvem-se também produtos, utilizando uma fibra mais fraca que os tecidos standard. Podem aplicar-se canais ou filamentos ôcos para aumentar o isolamento térmico.

Podem incorporar-se co-polímeros para dar às fibras nuances de cor. Igualmente disponíveis, temos os produtos anti-sujidade e resistentes ao fogo.

Microencapsulagem ou impregnação

Podem utilizar-se técnicas de microencapsulagem ou impregnação para introduzir propriedades antimicrobianas que reduzam a formação de odores e o risco de infecção. Técnicas similares podem ser usadas para a incorporação de materiais de "alteração de fase" que sofram transições térmicas para armazenar e libertar o calor permitindo o bem-estar do utilizador.

Presentemente há interesse considerável nos têxteis condutores, não apenas em termos de eliminação da estática, mas também como vias para a ligação de componentes electrónicos; O carbono, o metal e os polímeros condutores têm sido estudados neste sentido. Alguns materiais condutores podem também emitir luz, quando estimulados.

As fibras de modal e lyocell serão utilizadas na roupa para desporto devido à sua natureza hidrófila.

Misturas de fibras

As misturas de fibras são extremamente importantes. Uma fibra perfeita não existe. Todas as fibras possuem características boas, razoáveis e más, de acordo com determinada utilização final. A mistura permite aos fabricantes combinar as fibras de modo a que as boas qualidades sejam postas em relevo, e as más qualidades minimizadas. A mistura pode ser levada a cabo em qualquer fase anterior à fiação. Quanto mais cedo as fibras forem misturadas no processo, melhor é a mistura.

A mistura pode ser feita por uma série de razões:

  • Para dar um efeito de cor
  • Para obter uma textura, manuseamento ou aparência mais bem conseguidos.
  • Para controlar os custos.
  • Melhorar o desempenha.

Têm-se desenvolvido categorias especiais de fio misturado para explorar características particulares das fibras. Alguns fios têm dois tipos de filamento contínuos entretecidos num fio de filamento contínuo. Outras têm dois tipos de polímero dentro do mesmo filamento. Fios combinados têm dois ou mais elementos, um dos quais é um filamento contínuo. O elastano fiado possui um núcleo central de elastano coberto com um fio, ou fios envolventes. Um fio plano de filamento contínuo de poliéster pode ser coberto de algodão, como alternativa à mistura mais tradicional algodão / poliéster.

Fonte:http://www.cladonia.co.uk

TECIDOS

Introdução

Os tecidos têxteis são peças de material relativamente finas e flexíveis. Variam de construções ou texturas ultra-finas a lanosas (Tosão) e materiais isolantes espessos. De uma forma geral, os tecidos têxteis dobram-se ou fazem pregas fácilemente, outras são menos fléxiveis, mas não são tão rigidos como placas metálicas ou matérias plásticas moldadas.

Há várias maneiras diferentes de produzir tecidos têxteis. Os diferentes métodos de produção normalmente envolvem o entrelaçamento ou entrecruzamento do fio, embora alguns tecidos sejam fabricados directamente a partir das fibras.

Os tecidos podem ser classificados de acordo com o método de fabrico:

  • Tecidos
  • Malhas
  • Renda
  • Não-tecidos

As principais categorias de tecidos podem dividir-se em subclasses, tais como malhas com urdidura e malhas com trama. Estas classes de tecido têm diferentes características e propriedades que podem ser exploradas juntamente com as propriedades básicas da fibra e do fio.

Fios

Em relativamente pocos casos, o tecido é produzido directamente a partir das fibras, como, p.ex., feltros e não-tecidos. Normalmente, as fibras são convertidas num fio ou linha antes da fabricação do tecido. Os fios são produzidos pela torção de fibras ou filamentos contínuos conjuntamente de maneira a formar um cordão estável comprido e com coesão. A fiação é o processo utilizado para converter fibras em fios. Os diferentes processos são concebidos para limpar e paralelizar as fibras, formar um cordão fino e torcê-las para as manter juntas e lhes dar resistência.

Antes da fiação, as fibras têm de ser purificadas de forma a remover as impurezas, que iriam interferir no processo. Assim, o algodão é descaroçado para remoção das fibras das sementes e lixo, e a lã é lavada para se retirar gordura e pó. Após a purificação, as fibras são fiadas num sistema que se adequa às características da fibra. Os sistemas de fiação tradicionais para as fibras naturais compreemdem uma série de operações para produzir o tipo de fio pretendido.

As operações podem incluir arejamento e cardadura para desprender, limpar e misturar as fibras, puxar para paralelizar as fibras longas, voltando a puxar para reduzir o tamanho do cordão ou trança, e, finalmente, fiar para inserir a torção e produzir o peso final ou a titulação do fio. Os fios penteados que são produzidos a partir de fibras mais longas, tendem a ser finos, lisos e resistentes: é o caso do tecido de lã e de algodão penteado. Os fios que são cardados mas não penteados, tendem a ser volumosos, moles e encrespados: é o caso das lãs e algodões mais grosseiros.

No quadro da produção das fibras feitas pelo homem (artificiais), e, certo sentido, a seda, os filamentos contínuos são produzidos como as fibras. Normalmente dás-se-lhes a formaa de multi filamentos contínuos lisos ou direitos, os fios lisos multifilamento. Estes filamentos direitos ou lisos podem ser permanentemente distorcidos devido à influência do calor, para materiais termoplásticos, e dar fios volumosos ou fios de filamento texturados. Estes fios podem ser volumosos e elásticos ou simplesmente volumosos (espessos).

TEXTURA DE FILAMENTOS CONTÍNUOS

Informações do site:http://www.cladonia.co.uk


Tecidos

Todos os tecidos têm a mesma textura básica, consistindo em dois conjuntos de fios paralelos que se entrelaçam em ângulo recto. Há muitas maneiras em que os fios se podem

entrelaçar. A mais simples, chamada "tecelagem comum", tem o grau de entrelaçamento máximo: Cada fio passa por cima e depois por debaixo dos fios adjacentes. As propriedades dos tecidos são também influênciadas pelo sett, que é a densidade do fio ou linha, normalmente medida em fios por centímetro. Os tecidos utilizados na roupa desportiva tendem a ser relativamente simples, muitas vezes de tecelagem comum, mas os canelados, os cotolês, trançados, sarjas e cetins podem ser úteis para certos fins. Um tecido de particular interesse é o "Rip Stop" que depende da inserção periódica de pontas e fios mais grosseiros para produzir uma grelha de fios mais fortes, aumentando assim a resistência ao uso.

Malhas

As malhas diferem dos tecidos de trama e urdidura na medida em que são produzidas a pertir de argolinhas ou laçadas entrelaçadas. Os tecidos em malha com trama consistem em fios que passam de lado para lado através do tecido, sendo cada fiada apanhada e entrelaçada com a fiada adjacente. O tecido pode ser formado a partir de um fio; o tricot manual é exemplo do tricot de trama. Devido à estrutura da laçada, os tecidos em malha com trama são habitualmente mais elásticos do que os tecidos com trama e urdidura. Os tecidos de malha com urdidura consistem numa série de fios paralelos que passam ao longo da extensão do tecido, de onde a designação de urdidura, cada fio se entrelaçando com os fios de daca lado.

Trama

Urdidura



Face de um tecido liso de malha com trama

As máquinas de fazer malha com trama podem ser circulares ou planas, munidas de um ou dois jogos de agulhas. Algumas máquinas especiais podem ter mais do que dois jogos ou conjuntos.


Tecido de malha simples com urdidura

As máquinas de fazer malha com urdidura têm as agulhas dispostas em barras direitas



Tecidos com multicamadas

Os tecidos podem ser combinados entre si ou em camadas de polímeros para a produção de materiais de propriedades múltiplas. Um tecido forte pode ser ligado a um material fraco para se obter um produto mais resistente, com maior funcionalidade, por exemplo, um tecido com trama e urdidura a uma membrana de arejamento ou a uma camada isolante.

Tecidos de trama e urdidura ou de malha podem ser utilizados para formar uma sanduíche com o enchumaço ou acolchoado, para produzir tecidos acolchoados. Tecidos complexos multicamadas podem ser produzidos para conferirem protecção para uma série de riscos ou percalços

Tecidos acolchoados (matelassés )

Os tecidos acolchoados são tecidos de duas ou três camadas. Sendo uma de fibras ( felpa ou enchimento ) cosida ou colada a tecidos convencionais. O enchimento ( ou estofo) pode ser de fibras artificiais não—tecidas ou de materiais naturais como penugem, penas, lã ou algodão. Os acolchoados tendem a ser usados para conferirem isolamento térmico ao vestuário utilizado nas temperaturas baixas. Podem também actuar como camada protectora de revestimento contra os choques. Por vezes, fabricam-se tecidos similares à base de espuma ou mousse de polímero na sanduíche.

Fonte:http://www.cladonia.co.uk


sábado, 12 de setembro de 2009

Palavra de Iesa

Um evento bem acabado, pronto para divulgar a moda feita no Espirito Santo. Daqui, nota-se que o estado tem tudo para se firmar como um bom polo lançador de estilo. Até agora, a moda capixaba era tímida, sem muita certeza se pode competir com o barulho feito pelo Rio e São Paulo. Pode, desde que assuma isto. Esta segunda edição do Vitoria Moda Show demonstra que há indústria e produção, fatores quase em extinção nas cidades-líderes brasileiras. Já é um ponto de vantagem. É necessário tratar da outra ponta, a divulgação, a comunicação. Outro ponto, já que o evento funciona muito bem.

Só tem gente Mara aqui










Centro de Convenções

Algumas fotos do Centro de Convenções onde foi realizado o II Vitória Moda Show.


Beth Filipecki Figurinista Global

A palestrante Beth Filipecki disse que não foi preparada o suficiente para o tema, porque foi convocada na última hora para substituir Marília
Carneiro, porém passou com detalhes e entusiasmo um pouco do que é ser figurinista.

A oportunidade para ela surgiu através de Fernando Pamplona, professor da universidade e cenógrafo da Globo, que conseguiu que seus alunos também fizessem a prova seletiva para o curso. Beth foi a única selecionada entre seus colegas, e, durante um ano, aprendeu fotografia, fundamentos de câmera e vídeo, dramaturgia de luz e sistemas de composição de luz na TV.
Em seguida, Beth Filipecki estagiou como iluminadora no Jornalismo e na novela O casarão (1976), de Lauro César Muniz, que se passava em três épocas, com três linguagens de iluminação diferentes. O aprendizado com a luz foi fundamental na sua formação, contribuindo para o seu trabalho como figurinista de importantes novelas e minisséries da emissora.
O contato com a área de figurinos veio por meio da carnavalesca e também professora da universidade Maria Augusta Rodrigues, que a indicou para trabalhar como assistente da figurinista Kalma Murtinho na novela Espelho mágico (1977). Beth Filipecki se apaixonou pela profissão. Se não fosse o fascínio por figurinos, ela teria se tornado a primeira iluminadora da TV Globo.

Como figurinista fez na Globo novelas, minisséries, teleteatro, seriados e casos especiais e o projeto criança esperança.
Um trabalho admirado e com certeza cobiçado por muitos, mas de grande responsabilidade e muita competência.
Também é uma colocação que requer paciência, flexibilidade e jogo de cintura.
Lidar com pessoas já não é fácil, lidar com celebridades então... mais complicado ainda, salvo algumas excessões é claro.

Uma pessoa não faz bem feito se não amar seu trabalho.
Dedicação, muita leitura, pesquisa de campo, conhecimentos gerais e uma boa equipe de colaboradores são fundamentais para um trabalho sair bem feito.
Me pareceu uma pessoa interessante, detalhista e empolgada com o que se propõe a fazer.
Fala com amor e riquesa de detalhes de suas obras.
















Mais uma vez fico devendo uma foto tirada por mim, que fique descente.