quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FIBRAS

Introdução às fibras

As fibras são as unidades fundamentais de uma montagem ou conjunto têxtil, tal como os tijolos de uma parede. Elas são normalmente muito finas e extremamente longas em relação ao seu diâmetro.

Classificação de fibras para roupa de desporto
A classificação de fibras baseia-se normalmente na origem e natureza química. Uma subclassificação inicial conveniente envolve a divisão de fibras em naturais e produzidas pelo homem (artificiais). Embora o termo de fibras feitas pelo homem seja criticado por razões óbvias, não se encontrou alternativa aceitável.

Natural
  • Animal (proteína) — Ceratina (lã) e fibroína (seda)
  • Vegetal (celulose) — semente (algodão)
Feitas pelo homem (artificial)
Regenerada
Sintética
Celulose — celulose genuína (viscose, modal, lyocel). Borracha.
Mineral — meta e carbono
Poliamida - Poliamida/Nylon 6, Poliamida/Nylon 6.6, Aramids.
Poliester. Acrilico — Poliolefinos Normais e Modacrílicos — Elastands de politeno e polipropileno — prolivretanos, poliésteres (PBT,PTT), Polivinilos — Cloretode polivinilo e copolímeros.

Fibras naturais

Algodão


O algodão cresce em muitas partes do globo com uma longa estação sem geada. requer tempo quente e humidade suficiente, para que possa crescer como deve ser. há muita variedade que produz fibras de diferente qualidade, variando na cor, finura e tamanho

As lãs são basicamente fibras do pelo de carneiro ou ovelha. Cada fibra desenvolve-se a partir de um folículo na pele do animal. Animais diferentes possuem propriedades, características provenientes de diferenças no diâmetro da fibra, finura, comprimento,cor, Encrespamento e outras diferenças físicas.





Estrutura longitudinal das fibras de algodão.

Estrutura longitudinal das fibras da lã.


Seda

A seda é produzida pelas lagartas de

certos tipos de traça, bichos da seda.

Estrutura longitudinal das fibras da seda.

Celulose regenerada

A viscose é produzida a partir de polpa de madeira purificada. Devido às exigências dos processos utilizados para dissolver a celulose, as fibras tendem a enfraquecer, especialmente quando molhadas, e têm uma má recuperação da elasticidade. Alterações nos pré-tratamentos químicos e o processo de extrusão resultaram no desenvolvimento de viscose de elevada aderência, as chamadas fibras modal compropriedades mecânicas melhoradas,e, mais recentemente fibras Lyocell, as quais se diz serem do género do algodão e ecológicas. Outras modificações fazem com que não encrespem nem ardam com facilidade.

Fiação em elemento húmido (viscose)

Fibras sintéticas

Estas fibras são sintetizadas a partir de compostos simples chamados monómeros, que são obtidos do petróleo ou do carvão, ou em alguns casos, a partir de matérias naturais. Os polímeros resultantes são agrupados de acordo com o tipo químico, e existem muitas fibras comerciais em cada grupo. Os poliésteres convencionais, poliamidas e poliolefinos têm pontos de fusão razoavelmente baixos, e podem ser fiados por fusão. Os acrílicos desintegram-se ao fundirem, e há que usar uma forma de fiação com uma solução.

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Forma da fibra devido ao efeito de extrusão







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Embora o processo de extrusão tenha uma influência significativa na morfologia das fibras, podem produzir-se muitas variações interessantes, alterando-se o formato dos orificios da fiadeira, tais como filamentos ôcos, filamentos de 4 ranhuras e uma gama de outras formas de lóbulos múltiplos. Desenvolvimentos relativamente recentes, incluíram a produção de microfibras ultrafinas cujos diâmetros dos filamentos são na ordem dos 10 micrometros (10µms).

Modificação das fibras

Pode produzir-se uma vasta gama de fibras sintéticas de formas, diâmetros, propriedades mecânicas e químicas, alterando os métodos de produção. As fibras sintéticas possuem grande postencial para evolução. As propriedades das fibras podem ser desenvolvidas através de alterações do processo básico de extrusão das fibras feitas pelo homem, incluindo a incorporação de produtos micro-encapsulados e técnicas de acabamento.

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Até certo ponto, as condições em que se faz a extrusão, influênciam a natureza das modificações.

Assim, um aditivo pode não resistir à temperatura ou ao solvente usado no processo.

Os polímeros sintéticos podem ser produzidos em microfibras muito finas, aumentando assim a sua elasticidade, absorção e impermeabilidade à água, e permeabilidade ao vapor.

Podem ser tornados mais hidrófilos através da incorporação de co-polímeros que "atraem a água".

As suas propriedades de toque e de reflexibilidade podem ser alteradas, modificando-se a sua forma transversal, criando filamentos trilobais, pentalobais ou octolobais.

A absorção pode ser melhorada pela utilização de filamentos de microfibra ou filamentos de 4 ranhuras coma adição, se possível, de acabamentos de superficie hidrófilos.

Desenvolvem-se também produtos, utilizando uma fibra mais fraca que os tecidos standard. Podem aplicar-se canais ou filamentos ôcos para aumentar o isolamento térmico.

Podem incorporar-se co-polímeros para dar às fibras nuances de cor. Igualmente disponíveis, temos os produtos anti-sujidade e resistentes ao fogo.

Microencapsulagem ou impregnação

Podem utilizar-se técnicas de microencapsulagem ou impregnação para introduzir propriedades antimicrobianas que reduzam a formação de odores e o risco de infecção. Técnicas similares podem ser usadas para a incorporação de materiais de "alteração de fase" que sofram transições térmicas para armazenar e libertar o calor permitindo o bem-estar do utilizador.

Presentemente há interesse considerável nos têxteis condutores, não apenas em termos de eliminação da estática, mas também como vias para a ligação de componentes electrónicos; O carbono, o metal e os polímeros condutores têm sido estudados neste sentido. Alguns materiais condutores podem também emitir luz, quando estimulados.

As fibras de modal e lyocell serão utilizadas na roupa para desporto devido à sua natureza hidrófila.

Misturas de fibras

As misturas de fibras são extremamente importantes. Uma fibra perfeita não existe. Todas as fibras possuem características boas, razoáveis e más, de acordo com determinada utilização final. A mistura permite aos fabricantes combinar as fibras de modo a que as boas qualidades sejam postas em relevo, e as más qualidades minimizadas. A mistura pode ser levada a cabo em qualquer fase anterior à fiação. Quanto mais cedo as fibras forem misturadas no processo, melhor é a mistura.

A mistura pode ser feita por uma série de razões:

  • Para dar um efeito de cor
  • Para obter uma textura, manuseamento ou aparência mais bem conseguidos.
  • Para controlar os custos.
  • Melhorar o desempenha.

Têm-se desenvolvido categorias especiais de fio misturado para explorar características particulares das fibras. Alguns fios têm dois tipos de filamento contínuos entretecidos num fio de filamento contínuo. Outras têm dois tipos de polímero dentro do mesmo filamento. Fios combinados têm dois ou mais elementos, um dos quais é um filamento contínuo. O elastano fiado possui um núcleo central de elastano coberto com um fio, ou fios envolventes. Um fio plano de filamento contínuo de poliéster pode ser coberto de algodão, como alternativa à mistura mais tradicional algodão / poliéster.

Fonte:http://www.cladonia.co.uk

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