terça-feira, 1 de setembro de 2009

Viajando pelo passado






Romantismo, houve de fato uma enorme aproximação visual nas roupas das diversas classes sociais. Dessa maneira, entrou então para a moda o prestígio do artista, o criador de moda que exteriorizava seu gosto e suas vontades no processo de elaboração de roupas, dando o aval de seu prestígio assinando a sua criação. Era a alta-costura para moda feminina.
O que é curioso notar, que praticamente paralelamente à alta-costura surgiu para o homem a roupa de trabalho, uma vez que a figura masculina tornou-se um verdadeiro reflexo de uma sociedade produtiva. O homem passou a ficar cada vez mais sóbrio e sério nas suas roupas e a mulher cada vez mais enfei
tada, mostrando o poder financeiro da figura masculina da qual ela era dependente. O contraste visual era dos mais evidentes sejam em volumes, cores, tecidos e, principalmente, em ornamentos, uma vez que a mulher abusava dessas possibilidades e o homem omitia todo e qualquer enfeite, à exceção da gravata, da cartola, da barba e, normalmente, da corrente do relógio de bolso, que lhe ficava aparente sobre o colete.
Com o passar do tempo, ainda mesmo na Era Vitoriana, e também com as criações de Worth, os volumes das saias ganharam novas proporções, deixando de ser totalmente circular, ficando reto na frente e volumoso e de aspecto circular só na parte de trás.
Contudo foi entre 1870 e 1890 que a moda feminina adquiriu um outro aspecto, que não deixou de ser uma continuidade daqueles padrões vigentes, mas com identidades muito particulares. Esse último momento da moda vitoriana foi verdadeiramente de grande mistura, utilizando-se de diversos referenciais possíveis para adquirir sua própria identidade.
O volume traseiro das saias que se ajustaram por volta de 1880 à altura dos joelhos era adquirido com o uso de anquinhas que, inicialmente, eram feitas de crina de cavalo e que mais tarde tornaram-se as “anquinhas científicas”, uma vez feitas de arcos de metal unidos por uma dobradiça que ao sentar ou levantar era fechada ou aberta dando o volume sobre o traseiro.Esses vestidos eram chamados de devant droit (frente reta) ou arrière (traseiro).
Os tecidos mais usados nesse momento eram os de decoração, ou seja, aqueles para cortinas ou estofados. Nas cinturas, como roupa de baixo, ajustavam-se cada vez mais os espartilhos e os complementos continuavam em profusão, especialmente as rendas. Pequenos chapéus para o dia e sapatos de salto al
to complementavam a moda feminina. Leques também eram acessórios indispensáveis à toatele da mulher.
Percebemos, como já foi dito anteriormente, que o contraste entre a moda feminina e masculina desse período foi muito grande. Enquanto os homens caminhavam para uma moda prática e até mesmo previsível, as mulheres se complicaram numa sorte de adornos deixando bem claro o sue papel de esposa e mãe ao se emaranharem em laços, babados, rendas, ancas, caudas, chapéus, sombrinhas e toda uma gama de complementos ornamentais que lhe dificultavam uma vida prática.

2 comentários:

  1. isto é de que século?

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  2. Período Vitoriano do Romantismo, final do século XVIII e meados do século XIX.
    A primeira imagem foi datada de 1860.

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